“Telegram não está acima das leis do país', diz pesquisador de Harvard”
- mariana3424
- 7 de fev. de 2022
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Para tentar negociar formas de barrar a disseminação de fake news que afetem a campanha eleitoral deste ano, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, tentou várias vezes contato com os responsáveis pelo Telegram. Não recebeu, porém, nenhuma resposta do diretor executivo do aplicativo de mensagens, o russo Pavel Durov. Diante disso, uma das possibilidades cogitadas por Barroso é banir o Telegram do país.
A medida é motivo de acirrada discussão entre especialistas. Alguns reconhecem no banimento um perigoso precedente contra a liberdade de expressão e também há quem acredite que é ineficaz, pois mesmo bloqueado no Brasil o aplicativo poderia ser acessado através de alguns recursos.
Para o brasileiro David Nemer, professor de Estudos de Mídia da Universidade de Virgínia e pesquisador da Universidade de Harvard (EUA), apesar de lamentável o banimento do Telegram vai se justificar se a empresa continuar se recusando a atender os chamados para dialogar com o TSE.
"Infelizmente, o banimento pode realmente abrir um precedente ruim", opinou Nemer, em entrevista à coluna. "Mas um precedente muito pior é as empresas ficarem acima da lei".
Vinícius Dino de Menezes, sócio do MFGM Advogados concorda com o pesquisador David Nemer pois segundo o seu entendimento “A rede mundial de computadores possui leis que devem ser seguidas com rigor e um aplicativo não pode disseminar desinformação e conteúdos impróprios ou até criminosos ao arrepio da lei.”
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