Hospital Argentino sofre ciberataque e tem dados confidenciais vendidos online
- mariana3424
- 15 de jul. de 2022
- 2 min de leitura

Os cibercriminosos responsáveis pelo ataque afirmaram ter obtido dados sobre pacientes, tratamentos, arquivos de pessoal médico e até mesmo credenciais de acesso do Hospital Pediátrico Garrahan, localizado na cidade de Buenos Aires. A informação surgiu em meados da semana passada em um fórum especializado, no qual os leakers compram e vendem pacotes de informações sigilosas que podem ser usadas para múltiplos fins criminais.
De acordo com o jornal argentino Clarin, o arquiteto de segurança informatica Clarín Mauro Eldritch explicou que o incidente não corresponde a um ataque de ransomware, mas simplesmente a um vazamento publicado para marketing, que atualmente está avaliado em aproximadamente 1500 dólares. Além disto, o arquiteto explicou que são vários bancos de dados críticos que totalizam certa de 5 gigabytes e meio de informações e cerca de 12 milhões de registros.
Além disto, ao contrário dos ataques informáticos que ocorreram com grandes empresas como Mercado Livre, Globant ou Osde, onde os cibercriminosos roubam informações, encriptam-nas e exigem um resgate em troca, os vazamentos de dados são crimes em que não há pedido de dinheiro da vítima: informações roubadas são vendidas on-line para o maior lance.
Foi o que aconteceu com o caso Renaper em outubro do ano passado, no qual, por meio de acesso não autorizado, um usuário carregou um banco de dados com documentos de identidade de 60 mil argentinos. No caso do Garrahan, a informação comprometeria os dados dos menores: “Lembremos que por se tratar de um hospital pediátrico, muitos dos pacientes são menores. Não apenas as informações sobre crianças e suas famílias estão sendo expostas à venda, mas também sobre suas condições médicas e tratamentos abordados, informações que devem ser tratadas sob padrões de confidencialidade”, alertou Eldritch. Em relação à forma como esses vazamentos são produzidos, existem várias portas de entrada. “Pode haver muitas situações que facilitam o vazamento, mas tudo pode se resumir em que alguém teve privilégios demais que não deveria ter, nem precisava”, explica.
Dessa forma, o momento pede, mais do que nunca, que instituições como hospitais encarem a proteção de dados com mais seriedade, em busca de evitar incidentes como este e preservar dados pessoais de seus pacientes. Fonte: https://www.clarin.com/tecnologia/hospital-garrahan-ciberdelincuentes-aseguran-tener-datos-sensibles-venden-online_0_wLxku76TkK.html
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